Inteligência Emocional e Adaptação ao Ensino Superior em Estudantes de Medicina
Palavras-chave:
Inteligência Emocional, Adaptação ao ensino superior, Competências emocionais, Estudantes de medicinaResumo
Introdução: Diversas pesquisas têm demonstrado correlações de fracas a moderadas entre a Inteligência Emocional (IE) e o desempenho ou a realização acadêmica. Entretanto, ainda são escassos os estudos brasileiros que investigam essa relação. Uma forma de compreender as complexidades psicológicas presentes no contexto universitário é por meio da análise da adaptação ao ensino superior. Objetivo: Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os escores de IE e de adaptação ao ensino superior em estudantes de Medicina, bem como examinar as relações entre esses construtos, utilizando instrumentos com evidências de validade no contexto brasileiro. Metodologia: Participaram 215 estudantes de Medicina de uma instituição de ensino superior privada, com idade média de 23,58 anos, que responderam ao Inventário de Competências Emocionais – Versão Revisada Breve (ICE-R) e ao Questionário de Adaptação ao Ensino Superior (QAES). Os instrumentos apresentaram consistência interna adequada para aplicação da amostra. Resultados: Observou-se tendência de escores elevados nos fatores projeto de carreira e adaptação social do QAES, e valores ligeiramente acima do ponto médio nos demais fatores. Foram encontradas correlações de magnitude fraca a moderada entre os fatores dos instrumentos, destacandose o fator regulação de emoções de baixa potência e o fator geral de competências emocionais, que se correlacionaram com todos os fatores do QAES. Conclusão: Conclui-se que níveis mais elevados de Inteligência Emocional favorecem uma melhor adaptação ao ensino superior, destacando a necessidade de programas que promovam o desenvolvimento de competências socioemocionais entre estudantes de Medicina.
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